LISBOA MORTA
O português odeia que lhe peçam responsabilidades. Está feito, está feito. Correu mal? Azarinho!!E toca a andar, meu amigo...
Desde há mais de um ano que somos obrigados a andar com o cartão LISBOA VIVA, no Metro e nos autocarros. Enconsta-se a coisa à máquina e as portas abrem-se ou somos brindados com uma luz de esperança. O meu, resolveu avariar-se. As portas deixaram de se abrir e da luz, nem sinal.
Resolvi ir a uma estação de metro pedir substituição. Erro meu. "Isso tem de ir ter com quem lhe vendeu... Ai foi a Carris??? Ah, então isso é com eles., "Mas experimente a ir ao sítio onde lhe fizeram o passe...". Na ocorrência era no Marquês de Pombal. Que não podiam fazer nada, que fosse até um dos postos oficiais da Carris. "Mas tenho de ir de Metro, até lá, como é que faço?". Que pedisse na bilheteira uma coisa que me abrisse temporariamente as portas. E lá fui pedir. Mas a senhora estava mal disposta e resolveu chamar-me mentiroso, que ninguém me teria dito nada disso, pegou no telefone e confirmou que a delirante era ela, mas que me haveria de dar o mínimo " e por favor". Foram-me abrir a porta do metro, mas sempre discursando que não tinham responsabilidade nenhuma no processo; que vendiam e recebiam parte do dinheiro, mas que responsabilidade era sempre com a outra parte, no caso das coisas correrem mal.
Saí no Rossio, esperei na fila, um velho atendeu-me. Que queria? O passe avariado? Ia-se ver. Precisa de uma fotografia que é para ir tudo para Santo Amaro. Mas eles já têm a minha foto digitalizada... "Mau! Se ele dizia que tinha de ser mais uma fotografia...". E pensando melhor... Devia era apanhar o eléctrico 15 (sem poder usar o passe, claro) e ir eu próprio até Santo Amaro (que fica entre o cu de Judas e Nossa Senhora do Nunca Mais lá Chego). Fui-me embora. Quando descansar, vou tentar de novo.
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